Mocinho ou vilão? Tudo que você precisa saber sobre adoçantes - Abiad

Mocinho ou vilão? Tudo que você precisa saber sobre adoçantes

10 de abril de 2019

Pesquisa mundial derruba os principais mitos sobre os produtos de baixa caloria e apresenta novos resultados sobre o uso deles

O brasileiro é uma formiga. Consome 50% mais açúcar do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome em média 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), quando o recomendado seria até 12.

Desse total, 64% corresponde a açúcares adicionados, aquela colherzinha a mais que você coloca nos alimentos. O restante do consumo é o açúcar presente nos alimentos industrializados.

O excesso de açúcar, como se sabe, está diretamente associado ao sobrepeso e ao desenvolvimento de cáries dentárias. E o ganho de peso, por sua vez,  pode levar ao desenvolvimento de outras doenças crônicas, como o diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Acordo assinado em novembro de 2018 entre o Ministério da Saúde e presidentes de associações do setor produtivo de alimentos estabeleceu, como meta até 2022, a redução de 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados, colocando o Brasil como um dos primeiros países do mundo a buscar a diminuição do açúcar nos alimentos industrializados.

Pesquisas derrubam mitos sobre riscos dos adoçantes

A mudança joga no centro do debate os ingredientes usados para substituir o açúcar, como os adoçantes de baixa caloria. Kathia Schimider, nutricionista e especialista em Nutrição em Saúde Pública, explica que há muitos mitos sobre os adoçantes, e nem tudo o que se propaga é real.

“O açúcar também não é nenhum veneno. O problema é o consumo abusivo”, alerta. Segundo Kathia, que é coordenadora técnica da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), todo adoçante é composto por edulcorantes, que seguem uma legislação rigorosa.

Para garantir a segurança dos aditivos alimentares, Kathia relata que foi realizada uma meta-analise que partiu de 13 mil estudos, até chegar a 56 pesquisas, com o objetivo de revisar os principais tópicos envolvendo benefícios e riscos dos edulcorantes.

“Não se chegou a nenhuma evidência, por exemplo, de que o consumo de adoçantes causem câncer ou doenças cardíacas”, explica. Os adoçantes de baixa caloria, garantem os resultados, também não afetam o controle da glicose, além de não haver evidências de estudos clínicos que apoiem uma ligação entre o consumo deles e o aumento do risco de diabetes.

Muita gente também acredita que trocar açúcar por adoçante pode aumentar o ganho de peso. Segundo a nutricionista, trata-se de outro mito. “Ao contrário do que se diz, as evidências atuais não sustentam que os adoçantes possam aumentar a fome ou o apetite por doces”, diz.

O consumo de adoçantes como o aspartame, a stevia ou a suclarose, de acordo com as análises, não apresenta riscos à saúde. E podem ser úteis em algumas situações específicas, como o caso de diabéticos, que precisam reduzir o consumo de açúcar. “Não existe alimento ruim, existem dietas ruins”, garante Kathia Schmider.

Fonte: Portal R7

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