Alimentação ajuda no controle da osteoporose

Doença que afeta principalmente as mulheres, sobretudo aquelas no período pós- menopausa, a osteoporose pode tornar-se mais ou menos grave dependendo do tipo de alimentação. As mulheres que têm dietas alimentares com grande quantidade de doces, chás e cafés tendem a ter a densidade óssea mais baixa, conforme ficou demonstrado em estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo de autoria da nutricionista Natasha França. A pesquisa também evidenciou que mulheres com peso saudável e que comem mais frutas, verduras e legumes costumam apresentar quadros mais leves da osteoporose. Para a nutricionista, seu estudo mostra que, além do tratamento com medicamentos, a alimentação pode ser coadjuvante na terapia. A pesquisa foi realizada com 156 mulheres com osteoporose, moradoras da capital paulista, que já haviam passado pela menopausa e estavam sendo atendidas no Ambulatório de Doenças Ósteo-Metabólicas da Universidade Federal de São Paulo. No trabalho, foram coletados dados como peso e altura e também realizado o exame de densitometria óssea, além de buscar entender como as mulheres se alimentavam.

Para isso, elas foram instruídas a registrar tudo o que comiam durante três dias não consecutivos – dois durante a semana e um no final dela. Os dados foram então computados por um software de alimentação e a nutricionista pode então dividir os alimentos em grupos, que foram agregados por uma análise estatística realizada em parceria com o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo. Desse agrupamento resultou os cinco padrões alimentares definidos na pesquisa. Foi então relacionado o consumo desses padrões de alimentação com a densidade do osso das mulheres, verificando-se que, aquelas que se mostraram menos afetadas pela doença foram as mulheres que consumiam maior quantidade de vegetais, frutas e tubérculos. De acordo com a nutricionista, muitas vezes a alimentação acaba exercendo efeito muito pequeno, que acaba não sendo detectado em questões estatísticas. No entanto, a pesquisa conseguiu associar os dois padrões de alimentação e a densidade do osso entre as mulheres com osteoporose.

Com informações da Agência USP de Notícias – 24.6.14

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