Decidir entre açúcar ou adoçante é uma grande dificuldade para quem busca reeducar a alimentação ou perder peso. Pensando nisso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), preparou algumas dicas para ajudar a entender a diferença entre os dois.
De acordo com a nutricionista da Pasta, Sizele Rodrigues, que atua no Centro de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cesans), os brasileiros consomem três vezes mais açúcar que a média mundial. “Prestar atenção nos ingredientes dos produtos industrializados e reduzir o consumo de açúcar são hábitos essenciais para quem busca uma melhor qualidade de vida”, disse.
No entanto, os adoçantes também devem ser consumidos com moderação, para isso, é importante respeitar seus limites diários de consumo. Confira as dicas abaixo para fazer a escolha ideal:
Açúcar
Açúcar refinado: Procure substituí-lo. Ele perde mais de 90% de seus nutrientes no processo de refinamento e contém substâncias químicas para que fique branco e fino.
Açúcar cristal: também perde praticamente todos os seus nutrientes, mesmo não possuindo tantos aditivos químicos quanto o refinado.
Açúcar mascavo: não passa pelo processo de branqueamento, cristalização e refino, por isso contém maior concentração de nutrientes, com destaque para os minerais cálcio e ferro.
Mel: contém cálcio, fósforo, potássio, sódio e manganês, vitaminas C e B e proteínas, além de possuir nutrientes funcionais como FOS (frutooligossacarídeos), importantes para o intestino.
Atenção: açúcar mascavo e mel são mais saudáveis por conterem mais nutrientes, mas, assim como o açúcar branco, aumentam a glicemia e favorecem o ganho de peso.
Açúcar demerara: passa por um leve processo de refinamento, porém, não recebe nenhum aditivo químico, preservando melhor seus nutrientes.
Açúcares orgânicos: não possuem nenhum tipo de ingrediente artificial, são mais grossos e mais escuros do que o refinado, porém, com o mesmo poder adoçante.
Açúcar light: é a combinação entre o açúcar refinado comum e adoçantes artificiais, deixando-o com maior poder adoçante.
O ideal é preservar o gosto naturalmente doce dos alimentos e fazer uso moderado das substâncias
Lembre-se: o consumo excessivo de açúcar refinado pode causar hiperatividade, inflamações, acne, lipogênese (acúmulo de gordura corporal) e risco de desenvolvimento de diabetes.
Adoçante
Os adoçantes são compostos por edulcorantes, que são substâncias que apresentam um poder adoçante muito superior ao da sacarose (açúcar refinado) e, por isso, devem ser utilizados em quantidades bem menores.
Entre os edulcorantes estão os naturais e os artificiais:
Edulcorantes naturais: frutose, sorbitol, manitol e steviosídeo.
Edulcorantes artificiais: aspartame, ciclamato, sacarina, acessulfame-K, sucralose.
O uso de adoçantes artificiais pode ser uma alternativa para pessoas que fazem controle de peso ou para diabéticos.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), cerca de 35% da população em geral consomem algum tipo de produto dietético, sendo o campeão de consumo o refrigerante zero
Alguns refrigerantes alternativos são feitos com adoçantes, no entanto, é recomendável beber com moderação devido à quantidade de sódio na bebida.
Para que os adoçantes não tragam risco à saúde é preciso conhecer os limites recomendados de consumo diário e não os ultrapassar. Para ajudar nas suas escolhas, clique aqui e veja a tabela para evitar excessos.
Fonte: Maxpress e Gazeta de Votorantim