O café pode ter um efeito similar ao da morfina, segundo estudos do, Recursos Genéticos e Biotecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade de Brasília (UnB). Os cientistas identificaram, por meio de peptídeos, uma atividade analgésica e ansiolítica, com duração maior destes efeitos em camundongos.
Ao avaliar as sequências gênicas dos peptídeos em sua tese de doutorado, o estudante Felipe Vinecky, do Departamento de Biologia Molecular da UnB e a Embrapa, através do Recursos Genéticos e Biotecnologia, sob a coordenação do pesquisador Carlos Bloch Júnior, observou a existência de fragmentos internos com estruturas iguais a de opioides humanos como a encefalina.
Logo após foram realizados alguns testes com camundongos e, desta forma, constatado o efeito similar ao da morfina, com tempo de duração do efeito analgésico ainda maior, cerca de quatro horas a mais. Além disso, não houve qualquer efeito colateral.
O estudo de proteínas onde são identificados os fragmentos funcionais (peptídeos) faz parte de um novo conceito em desenvolvimento na área de biomoléculas, iniciado há mais de dez anos pelo Laboratório de Espectrometria de Massa da Unidade (LEM), patenteado em 2006 e publicado em 2012. “Mal comparando, seria como uma Matrioshka (boneca russa) molecular. Dentro da molécula maior existem outras menores, porém com formas e atividades diferentes da maior de todas ou da maior imediatamente anterior”, explica Carlos Bloch.
Com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa 27.1.15