Um estudo conduzido pela Yale University, nos Estados Unidos, em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e o Centro de Matemática, Computação e Cognição da Universidade Federal do ABC (CMCC-UFABC), constatou que o cérebro conta com regiões distintas que separam o prazer de degustar um alimento saboroso e a necessidade de sobrevivência no consumo de alimento com valores calóricos mais altos.
“Observamos que há diferentes circuitos neuronais em uma mesma região cerebral envolvidos na percepção da sensação de prazer proporcionada pela ingestão de um alimento doce que são diferentes, por exemplo, daqueles que codificam a caloria desses alimentos”, afirmou Tatiana Lima Ferreira, pesquisadora do CMCC-UFABC. A pesquisa utilizou o paladar dos camundongos que preferiram ingerir alimentos com alto valor calórico, mesmo com sabor desagradável, aos alimentos mais adocicados, gostosos e leves. Os pesquisadores puderam identificar que o prazer na ingestão e o valor calórico e nutricional dos alimentos são capazes de ligar circuitos neuronais do estriado, região do sistema subcortical, no interior do cérebro. Apesar da região ativada ser a mesma, os circuitos são diferentes.
Com informações da Agência FAPESP -12.2.16.