As microRNAs, moléculas que desligam genes e reduzem a expressão de proteínas, estão ligadas ao controle da diferenciação de células do tecido adiposo marrom, tipo benéfico de gordura que produz calor e serve para gastar energia. A conclusão é de um grupo internacional de pesquisadores, entre eles, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O corpo humano é composto por dois tipos de gordura: o tecido adiposo branco e o marrom.
O adiposo branco é perigoso porque se acumula ao redor das vísceras e debaixo da pele. Ele é o causador da obesidade e pode ocasionar doenças metabólicas como o diabetes tipo 2. Já a gordura do tecido adiposo marrom é capaz de regular a produção da temperatura corporal. Em pesquisa publicada na revista Nature Cell Biology, cientistas usaram um medicamento inibidor em camundongos obesos para controlar os níveis de Bace1 (proteína que impede a formação de células adiposas) no tecido adiposo marrom. O inibidor foi eficiente para controlar os níveis dessa proteína. As cobaias que receberam esse tratamento contavam com um tecido adiposo marrom mais ativo, além de um metabolismo de glicose com maior funcionamento.
Os resultados do estudo sugerem um aumento anormal dos níveis de Bace1 no tecido adiposo marrom, que pode ser a causa de complicações metabólicas em animais obesos, além de estar associado a uma possível causa de Alzheimer.
Com informações do portal Nutritotal – 24.3.16.