Dados da Vigitel 2014 apontam que cresceu a busca por hábitos saudáveis dos brasileiros

De acordo com números da Vigitel 2014, pesquisa promovida pelo Ministério da Saúde, a população acima do peso conta agora com 52,5% da população adulta no Brasil. A taxa, nove anos atrás, era de 43%, 23% a menos. Todavia, o índice de obesidade está estável no país. De acordo com os percentuais, o Brasil está abaixo da Argentina (20,5%), Paraguai (22,8%) e Chile (25,1%).

“O mais importante para o Brasil neste momento é deter o crescimento da obesidade. E nós conseguimos segurar esse aumento. Isso já é um grande ganho para a sociedade brasileira. Em relação ao sobrepeso, não temos o mesmo impacto da obesidade, de estabilização, mas também não temos nenhuma tendência de crescimento disparando”, declarou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O sobrepeso na população de homens é maior, 56,5% contra 49,1% das mulheres. Jovens de 18 a 24 anos são os que registram as taxas menores (38% acima do peso ideal), enquanto adultos de 45 a 64 anos passa de 61%. Outro dado interessante é que pessoas com menor escolaridade também registram maior índice de sobrepeso (58,9%).

Foram ouvidas 40.853 pessoas com mais de 18 anos, moradoras nas capitais de todos os estados e do Distrito Federal. A pesquisa é realizada desde 2006 pelo Ministério da Saúde.

Outros indicadores também foram levantados pela Vigitel 2014, entre eles, o diagnóstico de colesterol alto. Cerca de 20% dos entrevistados disseram que sofrem com este aumento do colesterol ruim, mas neste caso, as mulheres estão em maior número (22,2% contra 17,6%).

No entanto, a pesquisa traz boas novas. Apesar do aumento da população com sobrepeso, os brasileiros estão mais atentos à adoção de hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas, além de uma dieta rica em frutas e verduras.

Nesse sentido, a Vigitel 2014 aponta que, nos últimos seis anos, houve um aumento de 18% no número de adultos que praticam exercícios físicos ou esportes. Novamente os homens são mais predispostos às atividades físicas, 41,6%, enquanto as mulheres ficam na casa dos 30%. Os jovens, de ambos os sexos, são os que mais se exercitam, com índice na casa dos 50%. Muito embora o número de pessoas que pratica atividade física tenha aumentado, o índice de população fisicamente inativa ainda é considerado alto. Mais de 15% dos entrevistados disseram não ter realizado qualquer atividade nos últimos três meses. A população de idosos é a mais inativa (38,2%). Entretanto, 12% dos jovens (18 a 24 anos) afirmaram que não fizeram qualquer exercício.

Os brasileiros também estão se alimentando melhor, segundo a pesquisa: 36,5% dos entrevistados consomem frutas e hortaliças cinco ou mais dias da semana. Já o consumo de carnes com gordura caiu. Nos últimos sete anos, entre 2007 e 2014, o percentual foi de 32,3% para 29,4%. Nesse caso, os homens consomem duas vezes mais, com 38,4%, enquanto entre as mulheres o índice é de 21,7%.

Apesar da busca por carnes mais magras, o sal continua bem presente no prato do brasileiro. A frequência de adultos que consideram seu consumo de sal muito alto foi de 15,6%. O consumo de sódio, de acordo com o Vigitel 2014, é ainda elevado. Em 2008, a ingestão de sal no prato do brasileiro excedia em mais de duas vezes o recomendado pela OMS.

Os refrigerantes também estão perdendo consumidores. Conforme os números da pesquisa, 20,8% da população tomam refrigerantes cinco vezes ou mais na semana. Em 2007, estes índices eram de 30,9%.

Outro dado interessante é que 16,2% das pessoas substituem o almoço ou o jantar por lanches sete ou mais vezes na semana. Mas, o consumo do feijão permanece alto: 66% da população come feijão quase todos os dias.

Com informações do Portal da Saúde – 16.4.15

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