Ao participar no início dessa semana, em Genebra, na Suíça, de um evento preparatório da organização Costumers International para lançar uma nova etapa do projeto Rumo a uma Convenção Global para Proteger e Promover Dietas Saudáveis, o relator das Nações Unidas para a Alimentação, Olivier Schutter foi enfático: as dietas pouco saudáveis apresentam atualmente mais riscos para a saúde mundial do que o fumo. Schutter argumentou que, apesar dos sinais cada vez mais preocupantes, a comunidade internacional ainda não tem dado atenção suficiente para o agravamento da epidemia de obesidade e das dietas pouco saudáveis. Em 2012, ele havia divulgado um documento no qual listava medidas que considerava indispensáveis para corrigir os rumos da nutrição de alto risco para a saúde e, agora, lamentou que os governos ainda não tenham iniciado sua implementação.
Elevar os impostos para produtos menos saudáveis; regulamentar os alimentos com alto índice de gorduras saturadas, açúcar e sal; limitar a publicidade de comida de baixo valor nutritivo; repensar os subsídios agrícolas que barateiam alguns produtos (menos saudáveis) e não outros; e apoiar os produtores locais para que os consumidores tenham acesso a produtos saudáveis, frescos e nutritivos são as propostas listadas pelo consultor. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), apesar da fome ainda representar um problema para cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, a má alimentação é um problema de maior dimensão. Estima-se que cerca de 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo estejam acima do peso recomendado – obesos ou com sobrepeso.
Com informações do srfood.org/fr e brasil.elpais.com – 19.5.14