Publicado no Journal of the American Medical Association, um estudo relaciona o risco de transtorno do espectro do autismo (TEA) com a diabetes mellitus gestacional (DMG) diagnosticada após 26 semanas de gestação. O estudo também indicou que o diabetes tipo 2 pré-existente não foi associado ao autismo.
322.323 crianças na Califórnia, Estados Unidos, que foram rastreadas desde o nascimento à data do diagnóstico de TEA foram incluídas na pesquisa norte-americana.
O estudo demonstrou que 6.496, isto é, 2% das crianças foram expostas ao diabetes tipo 2 materno pré-existente, 25.035 (7,8%) à diabetes gestacional e 290.792 (90,2%) não foram expostas à doença.O acompanhamento médio foi de cinco anos e meio.
Do total, 3.388 jovens tiveram diagnostico de TEA, sendo: 115 foram expostas ao diabetes tipo 2 pré-existente, 130 expostas ao DMG diagnosticado antes das 26 semanas gestacionais e 180 ao DMG após 26 semanas de gestação. 2.963 não foram expostas.
Alguns fatores foram levados em conta como idade materna, renda familiar, etnia e sexo da criança.
De acordo com os resultados, o aumento do risco de TEA foi independente do tabagismo na mãe, do índice de massa corporal antes da gravidez e do ganho de peso gestacional.
“Potenciais mecanismos biológicos que ligam a hiperglicemia intrauterina e o risco de TEA no filho podem incluir múltiplas vias, tais como hipóxia no feto, o estresse oxidativo no sangue do cordão umbilical e placentário, inflamação crônica e epigenética”, narra a conclusão do estudo.
Com informações do portal Nutritotal – 6.7.15