Obesidade infantil na África

Para quem está acostumado a associar países da África à fome e desnutrição, chama a atenção a estimativa recém-divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 10 milhões de crianças obesas (do total de 44 milhões em todo o mundo) estejam naquele continente. Ainda de acordo com a ONU, em 1990, eram 4 milhões as crianças africanas nessa situação. De acordo com o médico João Breda, consultor de nutrição e obesidade da OMS, mesmo estando acima do peso, as crianças da África podem não estar recebendo vitaminas e nutrientes essenciais.

“É um problema muito sério. Cada vez mais temos crianças na Ásia e na África com excesso de peso. Os hábitos alimentares também mudaram e os produtos altamente processados, ricos em açúcar e gorduras são cada vez mais frequentes. Refrigerantes são muito ricos em açúcar e há muitos grupos de alimentos que naturalmente estão mais relacionados com a obesidade infantil”, explicou. Breda lembrou ainda que, além da alimentação inadequada, as crianças estão, cada vez mais, tornando-se sedentárias – não gastam energia nem mesmo brincando. Na primeira reunião realizada em meados de julho, em Copenhague, na Dinamarca, a Comissão para o Fim da Obesidade Infantil da OMS, discutiu, entre outros temas, o papel da indústria de alimentos para crianças e quais as melhores políticas públicas para reverter a atual epidemia mundial de obesidade infantil.

Com informações da RedeNutri/Rádio ONU – 21.7.14

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