Uma dieta enteral hiperproteica, enriquecida com imunomoduladores (IMHP) em pacientes que respiravam com ventilação mecânica em unidades de terapia intensiva (UTI), não ajudou a melhorar os quadros infecciosos. Esta foi a constatação de um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, JAMA.O objetivo era saber se o uso de IMHP poderia reduzir as infecções se comparado apenas às dietas padrões hiperproteicas. Um total de 301 pacientes, que respiravam por ventilação mecânica e se alimentavam por meio de nutrição enteral por mais de 72 horas, foram divididos em dois grupos: um usava os imunocompressores e outro apenas se alimentava pela dieta enteral padrão (HP). O estudo compreendeu as primeiras 48 horas de internação na UTI e prosseguiu num período de 28 dias. Os resultados não apontaram diferenças estatísticas na incidência de novas infecções entre os grupos (53% no grupo IMHP e 52% no grupo HP – p = 0,96) e nem outros desfechos clínicos. Ao contrário, a taxa de mortalidade em seis meses foi ainda mais elevada em pacientes com a ingestão de IMHP (54% em comparação aos 35% do outro grupo). “Esses resultados não apoiam o uso de IMHP nesses pacientes”, concluiu o estudo.
Com informações do portal Nutritotal – 25.8.14