O efeito da creatinina sobre o crescimento tumoral ligado ao câncer foi pesquisado pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP. O estudo encontrou evidências de que a substância é capaz de inibir o crescimento de tumores e inflamações.
A pesquisadora Patrícia Campos Ferraz, da USP, apresentou o trabalho “Exploratory studies on the potential of creatine as an anti-cancer dietary aid”, no II Creatine Conference in Health, Sports and Medicine, em Laufen, na Alemanha.
No projeto foram utilizados modelos para aferir a ação antioxidante e anti-inflamatória da creatinina em cobaias inoculadas com o tumor Walker 256. Em 40 dias, os ratos que receberam a creatinina tiveram um crescimento tumoral 30% menor que o grupo padrão. Porém, a sobrevida não mudou.
Em outra etapa do estudo, outro grupo de animais foi inoculado com tumor e os pesquisadores mediram a inflamação do organismo, além de analisarem os gases no sangue para avaliar a acidose. As cobaias com câncer tiveram ligeira acidose, mas os ratos suplementados tiveram produção maior de CO2 no sangue, o que significa que conseguiram equilibrar um pouco melhor a acidose e tiveram menos inflamação.
“Ainda não posso dizer que tem uma aplicação prática, mas abrem as portas para novos estudos que no futuro vão responder a perguntas mais práticas com relação a câncer e creatina”, explicou a pesquisadora.
Com informações da Agência USP – 8.5.15