Do VivaBem
Sete em cada 10 brasileiros preferem o modelo de rotulagem nutricional que usa um semáforo para indicar o teor de açúcares, gorduras e sódio nos alimentos e bebidas, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope no fim de novembro. A pesquisa, solicitada pela Rede de Rotulagem, que reúne associações das indústrias de alimentos e bebidas não alcoólicas, ouviu 2.002 pessoas, em 142 municípios. O modelo do semáforo foi comparado aos de advertência, que informam se há excesso de algum componente dentro de triângulos ou octógonos pretos, destacados na frente embalagem.
O estudo ainda revelou que 81% dos entrevistados avaliam que o modelo do semáforo facilita a compreensão das informações nutricionais e que o sistema de cores é avaliado como ótimo/bom por 85% da população, contra 74% do modelo de advertência.
Mais um argumento favorável ao modelo de semáforo nutricional quantitativo é o fato de a relação entre as cores verde, amarela e vermelha já ser algo comum para o brasileiro, enquanto outras propostas apresentadas se baseiam em modelos de advertências, com mensagens escritas em fundo preto, que não informam a quantidade dos nutrientes destacados.
Segundo o Ibope, a população já tem por hábito consultar informações nas embalagens, mas ressalta a necessidade da adequação e revisão de alguns itens. O prazo de validade é o mais buscado (45%), seguido pelo preço (24%,), pela tabela nutricional (21%) e advertências relacionadas à saúde – diet, light, sem colesterol, sem gordura trans, sem lactose, contém glúten — (18%).
A apresentação da informação por porção e por medida caseira, complementando medidas em gramas e litros, também aparece como uma necessidade dos brasileiros. A pesquisa qualitativa aponta a preferência pela referência nutricional baseada em quantidades mais concretas e de fácil compreensão, como as unidades ou medidas caseiras: copo americano, xícara, colher de sopa.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda adotar um novo modelo de rotulagem em breve.
Fonte: BOL