O Eritritol é um ingrediente de fonte natural e sem caloria, produzido através da fermentação da glicose (obtida através de fontes como o milho não transgênico) e a fermentação através de leveduras específicas do milho, normalmente de fontes não transgênicas. Possui sabor muito parecido com o do açúcar, mas com a vantagem de realçar o sabor doce de bebidas e alimentos sem o “aftertaste” que alguns outros edulcorantes produzem.
Perguntamos a Abrão Abuhab (CRM 104502), doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), quais os principais diferenciais do eritritol, uso e segurança do ingrediente.
Os principais diferenciais do eritritol são (1-3):
Sim. De acordo com as recomendações mais recentes da American Diabetes Association (ADA), a substituição do açúcar por adoçantes não nutritivos, é capaz de levar à diminuição do consumo de carboidratos e calorias, o que pode levar a uma redução da glicemia e do peso, melhorando o controle metabólico (4). O eritritol é zero índice glicêmico, e praticamente não estimula a produção e liberação de insulina sendo uma boa opção para diabéticos (1-3).
O eritritol é encontrado naturalmente em algumas frutas (melões, pêssegos), legumes, cogumelos e produtos fermentados, como vinho, saquê, cerveja e molho de soja. Industrialmente é produzido através da fermentação da glicose (obtida através de fontes como o milho não transgênico) e a fermentação através de leveduras específicas do milho, normalmente de fontes não transgênicas. (5,6).
O eritritol está aprovado para uso nos maiores países do mundo. Além do Brasil, está disponível na Comunidade Europeia, Estados Unidos, Japão, Canadá, México, Argentina, Turquia, Rússia, China, Índia, Austrália, e Nova Zelândia.
A segurança foi comprovada pelos diversos órgãos regulatórios, incluindo o europeu, e o norte americano, sendo que no Food and Drug Administration (FDA) dos EUA é classificado como GRAS – generally recognized as safe) (1,7-9).
Nenhum edulcorante dever ser consumido em excesso. No caso do eritritol, doses até 40 gramas por dia foram avaliadas nos estudos clínicos sem efeitos gastro intestinais. Em crianças, uma maneira de se calcular a dose é a quantidade de 0,5 a 1 grama por quilo de peso. Vale ressaltar que nestas quantidades a ingestão de sacarose (açúcar de mesa) provavelmente já causaria efeitos adversos sobre o intestino.
Não existe contraindicação durante a gravidez, porém, assim como qualquer medicamento, suplemento ou edulcorante, é importante consultar o médico que está acompanhando a gestação (7-9).