Hoje, a população está cada vez mais consciente da importância de escolhas alimentares adequadas para enfrentar a terceira idade com saúde e qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), envelhecer de forma saudável implica na preservação da capacidade funcional para o bem-estar na velhice, e isso, em grande parte, está relacionado com uma alimentação adequada.
É fundamental reconhecer que uma alimentação adequada e equilibrada serve como alicerce para manter a saúde ao longo do processo de envelhecimento. No entanto, nem sempre é possível obter todos os nutrientes essenciais apenas por meio da alimentação tradicional.
Nesse contexto, os suplementos alimentares se destacam como uma solução segura e conveniente para assegurar a ingestão adequada destes nutrientes.
O papel dos suplementos alimentares em pessoas saudáveis
Os suplementos servem como aliados para complementar a dieta de pessoas saudáveis, fornecendo vitaminas, minerais, proteínas e outros elementos vitais, que promovem o bem-estar e melhor qualidade de vida na terceira idade.
Esses fatores tornam-se ainda mais relevantes para mulheres após a menopausa, que enfrentam riscos elevados de perda óssea e fraturas. Em resposta a esses desafios, pesquisas científicas têm destacado a eficácia de alguns suplementos específicos, como o colágeno, no controle da osteoartrite e na regeneração da cartilagem. Da mesma forma, a vitamina D tem demonstrado melhorar a força muscular e o equilíbrio em adultos com mais de 65 anos.
Segundo o Infográfico “Desafios nutricionais para envelhecer com qualidade de vida. Panorama do envelhecimento no Brasil 60+“, elaborado pela ABIAD, os suplementos alimentares mais consumidos para uma complementação adequada incluem ômega-3 (30%), multivitamínicos (23%), cálcio (19%), vitamina C (17%) e colágeno (9%). Entre os idosos, o uso de suplementos alimentares visa principalmente a manutenção da saúde (95%), o auxílio em atividades físicas (42%) e objetivos estéticos (46%).
A suplementação proteica do idoso
A suplementação proteica é importante para a preservação da capacidade funcional em idosos. Para alcançar as quantidades recomendadas para o ganho de massa muscular, a ingestão diária de proteína deve estar na faixa de 1,2 a 1,25 gramas por quilo de peso por dia. Em casos de idosos com condições crônicas, como câncer, diabetes, doenças pulmonares, cardiovasculares ou desnutrição, a ingestão pode ser ainda mais elevada, variando de 1,2 a 2,0 gramas por quilo de peso por dia.
Nesse contexto, os suplementos oferecem a possibilidade de fracionar e distribuir as quantidades necessárias ao longo das refeições de forma adequada. Produtos com alta palatabilidade e concentração de proteína por porção estão disponíveis para atender às necessidades específicas dos idosos.
Outro aspecto relevante é a suplementação de aminoácidos específicos, como a creatina e o HMB, que têm se mostrado benéficos para a síntese de massa muscular.
Thaise Mendes, presidente da ABIAD, explica que o uso de suplementos com alto teor de proteína tem demonstrado eficácia por apoiar a ingestão adequada desse nutriente, podendo promover assim a manutenção da massa e força muscular, o que pode resultar na redução da morbidade e mortalidade, especialmente em idosos desnutridos ou portadores de sarcopenia, uma condição caracterizada pela perda de massa muscular.