O Dia Mundial do Diabetes, data celebrada em 14 de novembro, traz a importância da atenção para a doença que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge mais de 16 milhões de brasileiros. O país é a quarta nação com o maior número de casos de diabetes, atrás apenas da China, da Índia e Estados Unidos.
O aumento do diabetes no Brasil e no mundo pode estar associado a fatores como a rápida urbanização, transição nutricional, estilo de vida sedentário, maus hábitos alimentares, obesidade, entre outros. Por isso que medidas, como campanhas de conscientização e de estímulo à vida saudável, podem ser determinantes no combate ao crescimento da doença. O acesso a informação e alimentos seguros e de qualidade para esse público também deve ser prioridade.
A indústria alimentícia demonstra preocupação com esse público, e por meio de investimento em pesquisas sobre hábitos de consumo e novas tecnologias, inovam e disponibilizam no mercado produtos que atendam à legislação vigente em relação à segurança, formulação (sem adição de açúcares, diet, light, etc.), informações no rótulo mais consistentes e de fácil entendimento, além de oferecer mais opções em produtos para esses indivíduos.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), como representante da indústria para o segmento de alimentos especiais, está alinhada a todas as ações, contribuindo também em discussões com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Saúde (MS), na prevenção e consumo.
Diabetes Juvenil
Dados da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ) revela que aproximadamente 1 milhão de crianças e adolescentes são diabéticos. Estudo realizado pela OMS mostra que na década de 90, uma em cada 15 mil crianças tinha a doença. Agora, a dimensão é de uma para cada 8 mil.
O diabetes pode ser de dois tipos: 1 e 2. A doença, quando se manifesta na infância, normalmente é a tipo 1, que pode ser ocasionada por um trauma, estresse, fatores genéticos, obesidade infantil, sendo fatores únicos ou combinados.
“Não há como negar que o excesso de peso e obesidade, vem aumentado entre crianças e adolescentes. A alimentação inadequada, a falta de atividade física, o excesso de tempo gasto com jogos eletrônicos e computadores, estão relacionados ao aparecimento de doenças, entre elas o diabetes do tipo 2 (DM2)”, ressalta Kathia F. Schmider, Nutricionista, Especialista em Nutrição em Saúde Pública e Coordenadora Técnica da ABIAD.
Diabetes na Terceira Idade
De acordo com pesquisa da International Diabetes Federation (IDF), o diabetes atinge mais de 4,3 milhões de idosos no Brasil. Nessa população, o diabetes Tipo 2 é o mais comum e está presente em pelo menos 90% dos casos, ocorrendo em adultos a partir de 40 anos ou mais, sendo mais comum em idosos, devido ao sedentarismo e à obesidade.
Segundo levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), quase um terço das pessoas com diabetes têm mais de 65 anos.
Um dos motivos para o aumento da incidência de diabetes em idosos é a diminuição da produção de insulina, hormônio secretado pelo pâncreas, que tem importante função no metabolismo dos carboidratos no sangue. Logo, sua falta faz com que tenha mais açúcar na corrente sanguínea, sobrecarregando o pâncreas. Nessa fase da vida também ocorre a redução da prática de exercícios, com consequente diminuição da massa muscular, e como os músculos consomem glicose desempenham um papel importante para regular os níveis desse componente no sangue.
Manter uma alimentação saudável com acesso à alimentos adequados, com redução de açúcares, deve ser prioridade no cotidiano dessas pessoas, claro que aliado a atividades físicas, e acompanhamento de nutricionistas e outros profissionais de saúde.
?Importantes aliados contra a diabetes e população com restrição alimentar
Necessidade, indicação médica ou na busca de palatabilidade quando se substitui o açúcar, fato é que boa parcela da população brasileira adotou na dieta o uso dos adoçantes de mesa que são feitos de edulcorantes (matéria-prima dos adoçantes de mesa), substituindo o açúcar tradicional na preparação de sobremesas ou para adoçar bebidas.
“Os adoçantes têm eficácia comprovada, sendo uma ferramenta adicional para combater o sobrepeso e obesidade, assim como desempenha importante papel no controle dos níveis sanguíneos de glicose, fundamentais para o controle da diabetes”, explica Kathia.
Todos os edulcorantes empregados pela indústria brasileira já foram avaliados pelo JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives) que é um comitê de experts sobre aditivos alimentares da Organização Mundial da Saúde e regulamentados pela ANVISA. São considerados seguros para consumo dentro dos valores de Ingestão Diária Aceitável (IDA) estabelecidos por esse comitê. A IDA é a quantidade estimada do aditivo, expressa em miligrama por quilo de peso corpóreo (mg/kg p.c.), que pode ser ingerida diariamente, durante toda a vida, sem oferecer risco apreciável à saúde, à luz dos conhecimentos científicos disponíveis.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os tipos mais populares de adoçantes naturais são stevia, sacarose, aspartame, e os artificiais são a sacarina, sucralose e neotame.