Os produtos da indústria de alimentos para fins especiais fazem parte de todos os ciclos de vida. Por isso, apesar do cenário global incerto e da projeção de retração econômica doméstica que vivemos hoje, a tendência é que o nosso setor siga crescendo.
Para ilustrar esse argumento, podemos lembrar que em 2022 nós tivemos um aumento de 2,4% na produção local e 8,5% nas importações de produtos do segmento, o que refletiu no crescimento de 3,5% do setor. Esse número foi impulsionado pelo aumento de 13,4% em bebidas dietéticas e 11,5% nos adoçantes no mesmo período. Ainda no acumulado do ano, houve aumento no consumo aparente (produção local mais importações, menos exportações) de concentrados de proteínas em 25%, quando comparado ao mesmo período de 2021.
Uma explicação para isso é que, quando se pensa nas categorias relacionadas a saúde e bem-estar, é possível notar que as pessoas seguem cada vez mais buscando por produtos que as auxiliem a viver e envelhecer de forma saudável. No caso das fórmulas infantis, enterais, adoçantes, nossa indústria oferece produtos desenvolvidos para atender necessidades nutricionais específicas e, assim, são considerados essenciais também para garantir uma nutrição adequada aos indivíduos.
À vista disso, o nosso setor de alimentos para fins especiais representa categorias que estão intimamente relacionados a saúde e bem-estar. Estamos falando de produtos que fazem parte da vida tanto de pessoas que estão em momentos que exigem cuidados de saúde, quanto para aquelas que buscam melhorar performance, ter mais disposição e qualidade de vida.
Justamente por estarmos presentes em todos os ciclos de vida da população, atuando de forma relevante no atendimento de necessidades nutricionais, nossa pauta, diante das diferentes esferas da sociedade, é a de trabalhar de forma proativa, com o objetivo de deixar claro quem somos e o papel essencial que exercemos em termos de saúde pública. Hoje, nossas atividades geram impacto social de amplo alcance. Para além da fabricação de alimentos, contribuímos com a economia ao gerar mais de 160 mil empregos dentro do setor. Importa mencionar também, que até dezembro de 2022, o setor de alimentos para fins especiais abriu 7.327 vagas, representando crescimento de 4,7% em relação ao registrado em 2021.
Para 2023, um dos principais desafios é superar os efeitos de questões mundiais, que afetam a cadeia produtiva como um todo e em várias dimensões. Recentemente, tivemos os impactos socioeconômicos da covid-19 e das questões geopolíticas da guerra entre Rússia e Ucrânia. Soma-se a isso o risco de desaceleração dos EUA e China, o que pode impactar no preço das commodities.
Por outro lado, as empresas do setor, sejam elas nacionais ou multinacionais, seguem investindo localmente, tanto em lançamentos de produtos inovadores quanto em tecnologia. A compra online foi, sem dúvidas, uma das maiores mudanças nesse sentido e muitas companhias têm investido em e-commerce próprio.
Para o setor de alimentos para fins especiais, quanto maior for a capilaridade para chegarmos à população, melhor é. O interesse é que todos tenham acesso aos nossos produtos. Diante desse compromisso, a ABIAD segue dialogando de forma técnica, ética e transparente, com os seus diversos stakeholders e gerando oportunidades para o setor.
Thaise Mendes, Presidente da ABIAD e gerente de assuntos governamentais da Herbalife Nutrition (Brasil).