Em três dias de palestras, visitas e debates, foram abordados os conteúdos a serem incluídos na Carta de São Paulo para a COP da Biodiversidade na China
De 04 a 06 de fevereiro, aconteceu o Bio2020 – Perspectivas Brasileiras Para o Marco da Biodiversidade Pós-2020. O evento foi organizado por meio da parceria entre a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo (SIMA), a União Europeia (UE) e o ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade – rede global de municípios que atua com meio ambiente), com o propósito de influenciar a posição brasileira na COP15 da Convenção sobre a Diversidade Biológica da ONU (CDB/UN), que ocorrerá em outubro deste ano em Kunming, na China.
O objetivo principal do evento foi colher insumos para a elaboração da Carta de São Paulo, contendo as diretrizes prioritárias do governo do estado para a COP15, assim como diretrizes para mudanças regulatórias. A pauta do fortalecimento de estados e municípios na agenda ambiental marcou todo o evento.
Ao longo de três dias, foram realizadas diversas palestras, visitas e sessões de discussão com a participação de autoridades, pesquisadores e membros das organizações envolvidas na iniciativa, e as principais observações das agendas regulatórias no estado de São Paulo e Brasil. À tarde, os presentes se dividiram em grupos temáticos para debater e chegar a um consenso sobre o conteúdo a ser incluído na Carta de São Paulo:
No dia 05/02, foram contempladas visitas técnicas a três iniciativas ambientais próximas a São Paulo, consideradas exemplos dentro das temáticas dos grupos de discussão: Parque das Neblinas (gerido pela Suzano); Parelheiros e corredores ecológicos de Campinas (Mata de Santa Genebra).
No último dia, houve a apresentação das conclusões dos grupos de discussão e da leitura parcial de trechos da Carta de São Paulo, que está em redação e deverá ser publicada, após o endosso do Subsecretário Estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Trani, e demais autoridades do estado.
Apesar das longas discussões em grupos temáticos, a Carta de São Paulo deverá ter um tom genérico quanto às políticas necessárias para o avanço da agenda de biodiversidade. Grande parte das políticas discutidas foram apenas indicativos de possíveis mudanças que devem ocorrer após a COP15, ou seja, que serão de fato discutidas a partir de 2021. Ainda assim, a SIMA aproveitou a ocasião para divulgar algumas das medidas ambientais do governo de São Paulo para 2020, dentro da perspectiva de foco em resultados do governador João Dória (PSDB).
Fonte: BMJ Consultoria