Não há clareza sobre como a dissolução do Ministério da Indústria e uma possível guinada no de Relações Exteriores poderão afetar as tratativas, segundo um servidor envolvido nas negociações.
A dúvida é se o Itamaraty seguirá com a liderança das equipes que participam das rodadas e qual seria o efeito de uma possível alteração.
“Precisamos abrir o mercado, mas enquanto não resolvermos o que queremos ser no Mercosul, vamos continuar com obstáculos”, afirma José Augusto de Castro, presidente AEB (associação de comércio exterior).
Ainda assim, a expectativa dos negociadores é que pelo menos um acordo, o do Canadá, seja encerrado no primeiro ano de Bolsonaro no Planalto.
A maior abertura do mercado canadense pode ampliar a exportação de 336 produtos, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
“Em algumas pautas, como carne, a tarifa média por lá hoje é de 70%. É a 10ª maior economia do mundo e o 10º maior importador”, diz Fabrizio Panzini, gerente de negociações internacionais da entidade.
Importações de países e blocos que negociam acordos de livre comércio com o Brasil.