Nova era de antibióticos pode estar oculta no poder do leite materno, diz estudo - Abiad

Nova era de antibióticos pode estar oculta no poder do leite materno, diz estudo

29 de agosto de 2017

A amamentação tem papel fundamental na formação da imunidade do bebê. Acreditava-se que o segredo por trás da proteção estava somente nas proteínas antibacterianas, mas agora foi provado que o açúcar do leite materno também é importante e pode, inclusive, gerar uma nova classe de antibióticos futuramente.

estudo da Universidade de Vanderbilt, publicado no Infectious Diseases, resolveu analisar porque a bactéria do estreptococo do grupo B, cuja transmissão ocorre da gestante para o recém-nascido durante o parto, é perigosa para os pequenos, mas quase não ocorre em bebês maiores.

Para isso, foram coletadas amostras de leite humano de cinco doadoras, cujos carboidratos foram isolados. Depois, os cientistas identificaram determinadas moléculas e as adicionaram a culturas de estreptococo observadas em microscópio.

Resultados
Logo, foi notado que uma das culturas foi completamente eliminada pelos açúcares, que também impediu a formação de um biofilme protetor que evitaria a ação de qualquer tratamento.

Uma segunda amostra de carboidratos matou moderadamente o estreptococo, já as outras três se mostraram menos pouco efetivas.

O teste foi refeito com oito amostras e os resultados também foram variados: em dois deles, os açúcares romperam o biofilme e mataram as bactérias. Em quatro, nos quais o biofilme estava quebrado, os micro-organismos não foram eliminados de forma eficaz. E nos demais as bactérias morreram, mas o biofilme resistiu.

Nova era dos antibióticos

Ainda serão realizados novos testes para determinar porque alguns carboidratos do leite materno são bons em combater bactérias e outros não, mas a resolução do enigma pode dar início a uma nova classe de antibióticos.

Os cientistas por trás do estudo afirmaram que o mecanismo de ação dos açúcares do leite materno pode ser de vital importância na criação de medicamentos menos tóxicos no futuro.

A ideia também seria uma esperança para evitar a resistência aos antibióticos que bactérias comuns têm criado, a qual dificulta o tratamento de doenças graves como sífilis e gonorreia.

Fonte: Msn

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