O papel fundamental da alimentação na qualidade de vida de idosos - Abiad

O papel fundamental da alimentação na qualidade de vida de idosos

29 de setembro de 2023

Em um mundo em constante evolução, o envelhecimento populacional tornou-se uma realidade, devido ao aumento da expectativa de vida da população. Com essa transformação demográfica, surge um imperativo ainda maior para compreender e abordar os desafios enfrentados pelos idosos, e a nutrição é um dos principais aspectos a serem considerados.

Neste sentido, a ratificação da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa agrega ao tema, uma vez que aborda o compromisso inequívoco com a promoção, proteção e garantia do pleno exercício dos direitos humanos dos idosos, com foco especial na salvaguarda destes, incluindo o direito à alimentação adequada.

Garantir o acesso a uma dieta equilibrada, porém, que atenda às necessidades nutricionais específicas dos idosos, vai além do simples cuidado; trata-se de um imperativo ético e legal, fundamentado na convicção de que todos os seres humanos têm o direito de envelhecer com qualidade.

Para alcançar esse objetivo, é necessária uma compreensão profunda das necessidades nutricionais específicas desse grupo etário e de como essas necessidades se relacionam diretamente com as mudanças fisiológicas que ocorrem no organismo durante esse período da vida.

Mudanças fisiológicas que afetam a alimentação dos idosos

À medida que envelhece, o corpo humano passa por mudanças fisiológicas. Um dos sinais mais evidentes é observado no sistema digestivo, cuja eficiência e absorção de nutrientes tendem a diminuir, o que pode resultar em menor assimilação de vitaminas e minerais essenciais. Isso significa que, mesmo que os idosos consumam uma dieta equilibrada, eles podem não absorver completamente os nutrientes de que precisam.

Outro ponto relevante diz respeito às alterações nas preferências alimentares e no apetite, pois é comum que algumas pessoas idosas experimentem redução na sensação de fome e menor apreciação dos sabores. Essa mudança apresenta chances de resultar em ingestão inadequada de alimentos, o que, por sua vez, pode aumentar o risco de desnutrição, enfraquecimento do sistema imunológico e o desenvolvimento de problemas de saúde, como a sarcopenia, por exemplo, e a perda de massa muscular.

Diante disso, é fundamental que cuidadores, familiares e profissionais de saúde estejam atentos às necessidades nutricionais dos idosos, oferecendo-lhes refeições balanceadas, ricas em nutrientes essenciais, com adaptação da dieta às preferências individuais.

Para uma ingestão adequada de nutrientes, fontes recomendadas incluem carne magra, peixe, ovos, laticínios com baixo teor de gordura, leguminosas e nozes. Além destas proteínas, o cálcio, a vitamina D e antioxidantes, como as vitaminas C e E, também desempenham um papel importante na mitigação do estresse oxidativo, que tende a aumentar com o envelhecimento.

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