Anvisa reuniu entidades do setor de alimentos para garantir o bom funcionamento da cadeia produtiva durante a pandemia do novo coronavírus
Com o cenário brasileiro de contenção do avanço do novo coronavírus, causador da Covid-19, o setor de alimentos de forma geral, precisa de mais atenção de seus atores. Ouvindo as diversas contribuições e apelações da área, a Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), criou o Comitê de Crise, que realizará reuniões periódicas com os seus principais interlocutores, como ABIAD, ABIA, ABRAS e ABPA, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A união destas entidades tem como principal objetivo avaliar e estabelecer processos para que a demanda dos produtos no setor de alimentos seja assegurada e atenda com excelência a população, no cenário da pandemia. A GGALI recebeu algumas considerações de toda a área de alimentos, inclusive para fins especiais, e, com esse comitê, avaliará periodicamente as demandas e entraves para que a cadeia produtiva siga funcionando normalmente.
A ABIAD se propõe, como principal interlocutora do setor, a garantir também que a categoria de alimentos para fins especiais tenha sua produção e distribuição mantidas para atender as necessidades nutricionais dos consumidores destes alimentos essenciais. “A ABIAD está com o portfólio voltado a todas as pessoas afetadas pela pandemia, por exemplo, a alimentação enteral, destinada a pessoas enfermas e hospitalizadas; a suplementação para idosos (considerados grupos de risco); além, claro, da população saudável que faz uso de suplementação para manutenção da saúde”, comentou Gislene Cardozo, Gerente Executiva da ABIAD.
Para reunir as informações essenciais e desenvolver seu papel junto à Anvisa, a entidade tem realizado reuniões semanais com seus associados, que também formaram um comitê interno para cuidar deste assunto. A ideia é que todos possam contribuir para o bom funcionamento do setor e tratar, inclusive, de discussões sobre ingredientes e produtos essenciais, desde a importação até a fabricação e entrega. A Anvisa reconhece a importância e a necessidade de que os produtos essenciais sejam priorizados e liberados mais rapidamente.
Como próximos passos, a Anvisa comprometeu-se a manter a periodicidade destas reuniões a cada 15 dias, havendo convocatória excepcional em casos mais urgentes. A ABIAD, sugeriu também a criação de um petit comité para tratar de assuntos de registros e disponibilizou-se a produzir uma lista de ingredientes críticos para a COVID-19 com as Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs), além de sugerir pontos a serem contemplados na nova Resolução da Diretoria Colegiada (RDC).