Tudo o que se come pode influenciar na saúde do sistema gastrointestinal. Pensando nisso, o Dia Mundial da Saúde Digestiva, criado pela WGO – World Gastroenterology Organisation (Organização Mundial de Gastroenterologia), é uma iniciativa voltada para conscientizar a população sobre a importância dos hábitos alimentares relacionados a esse sistema.
Ao estimular que as pessoas cuidem da saúde do aparelho digestório, é possível não apenas prevenir problemas de saúde, como também promover o bem-estar geral do corpo, melhorando a absorção de nutrientes e contribuindo para o aumento na qualidade de vida, tanto no âmbito individual quanto coletivo.
Nesse contexto, embora os prebióticos sejam menos conhecidos do que os probióticos, são uma escolha inteligente de alimentação. Segundo os mais recentes avanços científicos e clínicos, eles são definidos como “substratos seletivamente utilizados por microrganismos do hospedeiro, que conferem benefícios à saúde”. Essa definição foi estabelecida por um painel de especialistas em microbiologia, nutrição e pesquisas clínicas reunidos pelo ISAPP (International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics), em dezembro de 2016.
A Associação concluiu que uma ampla variedade de substâncias pode ser considerada como prebiótico, direcionada a diferentes nichos de hospedeiros, presentes na boca, pele ou trato urogenital. Esses ingredientes possuem benefícios bem estabelecidos para a saúde, como a inibição de patógenos e a estimulação imunológica do tecido linfático associado ao intestino (GALT), atuando no trato gastrointestinal.
Eles também ajudam na redução dos níveis de lipídios circulantes no sangue e na melhoria da resistência à insulina, beneficiando o cardiometabolismo. Na saúde mental, os metabólitos produzidos pelos prebióticos podem influenciar a função cerebral, afetando a capacidade de vigília, atenção e cognição. Finalmente, os prebióticos também ajudam a melhorar a mineralização óssea, aumentando a biodisponibilidade de minerais ingeridos na dieta.
Para aproveitar todas essas possibilidades, é importante combinar fontes de prebióticos com outros nutrientes para uma alimentação completa e variada. Alimentos como cebola, alho, aspargos, alcachofra e banana verde são ótimas opções para incluir na dieta diária, juntamente com outras fontes de vitaminas, minerais e fibras, além dos suplementos alimentares.
Com muitos benefícios já conhecidos para a saúde digestiva, o potencial dos prebióticos é ainda objeto de estudos e descobertas científicas. Há muitas possibilidades e oportunidades para explorar o papel do ingrediente como alimento benéfico a saúde, e uma abordagem positiva sobre o seu consumo pode estimular ainda mais a incorporação destes na dieta e promover o bem-estar do corpo.