Um dos suplementos alimentares mais conhecidos e discutidos atualmente, é o WHEY PROTEIN. Muita gente não sabe, mas ele nada mais é do que um suplemento de proteína derivado do soro do leite. Tradicionalmente utilizado por atletas, o WHEY PROTEIN cada vez mais é conhecido também entre as pessoas que não fazem parte desse nicho, mas que buscam uma melhor forma física e mais qualidade de vida.
Durante muitos anos, era visto erroneamente como uma “bomba”, usada apenas para ganho de massa muscular. Pouca gente conhecia os verdadeiros e vastos benefícios dessa substância. Falava-se muito sobre os problemas que ele poderia causar, como sobrecarregar o funcionamento dos rins ou do fígado.
Cabe aqui esclarecer um pouco essas questões. É importante, antes de mais nada, entender como o WHEY PROTEIN é feito.
Após o leite ser retirado dos animais nas fazendas e irem para seus destinos como, por exemplo as queijarias, a parte que não é utilizada para produzir o queijo, é comprada pelas fábricas de WHEY, onde é submetida a um processo de pasteurização e filtragem. Para se ter uma ideia, são necessários aproximadamente 200 litros de leite para produzir 1kg de WHEY concentrado. Eles se dividem em três grupos:
Whey Protein Concentrado (WPC): é o pioneiro, a forma mais barata e tradicional de WHEY PROTEIN. Constituído de 30% a 90% de proteína, porém, com uma grande parte de caseína, que é uma proteína potencialmente alergênica, além de gordura e carboidratos (principalmente a lactose).
Whey Protein Isolado (WPI): através do aperfeiçoamento das tecnologias de filtragem, surgiu o WPI. De melhor qualidade, é constituído por de 90% de proteína com mínimas quantidades de gordura e lactose.
Whey Protein Isolado e Hidrolisado (WPH): com as mesmas características do WPI, o WPH diferencia-se pelo processo de hidrólise enzimática (processo similar ao digestivo) que reduz o tamanho das proteínas à segmentos proteicos menores chamados de peptídeos. Os hidrolisados são mais facilmente digeridos e têm potencial reduzido em termos de alergenicidade, se comparados aos concentrados e isolados, sem perder seu valor nutricional. A desvantagem é ser mais amargo que os demais na hora de ser ingerido.
Não podemos confundir com outros suplementos. WHEY PROTEIN é apenas a proteína de origem láctea. Por exemplo, a proteína vegetal, que geralmente vem da soja ou da ervilha, chamamos de proteína vegetal. Uma outra proteína de origem animal é a da carne. Nenhum deles é WHEY, mas podem ser alternativas ao seu uso, especialmente para os pacientes que têm alergia à proteína do leite ou são veganos, por exemplo.
Existem diferenças de qualidade entre esses produtos citados acima, sendo que o WHEY PROTEIN possui o maior valor biológico, ou seja, a melhor capacidade de absorção, utilização e a maior quantidade de aminoácidos essenciais.
O WHEY PROTEIN possui diversos benefícios, segundo estudos, muito interessantes e que podem ser aproveitados para uma melhor qualidade de vida, sempre com orientação e uso corretos. Entre eles como suporte em dietas de perda de peso, melhora da imunidade e auxiliar na redução da pressão arterial, o que não limita seu uso apenas para praticantes de atividade física.
Com a correta orientação médica, o WP pode ser útil para a maioria das pessoas. Vamos a alguns exemplos que podem esclarecer essa questão.
A partir dos 30 anos, iniciamos uma de perda muscular progressiva que de 3-8%a cada década. Estudos indicam que uma maior ingestão de aminoácidos reduz esta perda de massa magra progressiva. A preservação da massa muscular no público idoso é muito importante para a qualidade de vida, uma vez que ela é essencial para mobilidade e sustentação das articulações. Por isso um estilo saudável com boa alimentação e exercício resistivo é necessário para fazer uma poupança de músculo para chegarmos na terceira idade com reserva muscular.
Outros estudos bem interessantes mostram que a suplementação proteica influencia beneficamente a composição do leite materno, aumentando as concentrações de imunoglobulinas como da IgA, fornecendo defesa contra infecções da mucosa por vírus ou bactérias.
O uso de um WHEY PROTEIN de boa qualidade trará uma infinidade de benefícios mesmo sem a prática de exercícios físicos, como por exemplo a prevenção e tratamento da Sarcopenia, já que, como falamos anteriormente, atua na recuperação e ganho de massa muscular em todas as idades. Ele tem uma ação importante em provocar saciedade por afetar os processos metabólicos da regulação energética favorecendo o controle e a redução da gordura corporal. Melhora a imunidade através do aumento da glutationa no corpo, inclusive dentro dos linfócitos e por bloquear a conversão da enzima de angiotensina, melhora a função vascular pelo seu poder antioxidante.
No dia a dia, o WHEY PROTEIN pode ser utilizado na prática esportiva, principalmente no que chamamos de janelas de oportunidade, que são aqueles momentos em que a proteína é melhor absorvida e utilizada pelo organismo. Essa janela ocorre, geralmente, uma ou duas horas antes do treino ou do exercício.
Outra oportunidade que considero interessante, é fazer uso do WHEY na hora de dormir. Trabalhos científicos mostram ser uma estratégia interessante para ganho de massa muscular ou manutenção, em todas as idades, inclusive e principalmente no idoso.
Por fim, pouco sabem, mas ele melhora a qualidade do sono em pacientes com sobrepeso ou obesidade. O WHEY PROTEIN pode ser uma alternativa muito para os lanches rápidos, substituindo os temidos “junk foods”. Para os viajantes, sabemos que é difícil nos aeroportos encontrar uma alternativa de proteína saudável, já que ficamos rodeados de carboidratos como lanches salgados, pizzas, snacks etc. Atualmente é fácil encontrar sachês com doses únicas de WHEY, o que facilita o uso e o transporte, garantindo uma opção mais saudável e útil para o organismo.
Uma dica: compre sempre e verifique a qualidade do WP. Observe a qualidade matérias-primas utilizadas em sua produção que é de extrema importância para o sucesso no resultado final. Um WHEY de boa qualidade tem: matéria-prima de boa procedência que não é geneticamente modificada, aromas naturais, é livre de lactose, caseína, glúten, tem um bom perfil de aminoácidos e adoçantes naturais. Leia os rótulos com atenção e peça informações se tiver dúvida.
E por fim, acho fundamental que lembremos a ordem de poder sacietogênico, ou seja, dos alimentos que nos dão a sensação de saciedade da fome. A proteína está em primeiro lugar, seguida das gorduras e por último dos carboidratos. Sendo assim, o uso correto do WHEY PROTEIN não é milagroso e a única solução, mas é seguramente, mais uma ferramenta extremamente útil e essencial para a perda de peso e controle da fome de forma saudável, além de prevenir determinados problemas de saúde e ajudar a melhorar a qualidade de vida, sempre com a orientação correta e sem exageros.
Fonte: Letra de Médico