Desde 2020, o mercado de alimentos saudáveis no Brasil e no mundo vem experimentando um aumento significativo na demanda dos consumidores. De acordo com a pesquisa “Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares” conduzida pela ABIAD, aproximadamente 72% dos entrevistados indicaram que intensificaram seus cuidados com a alimentação nos últimos anos.
Nesse contexto, conforme aponta o relatório “Brasil Food Trends” do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), a busca pela qualidade de vida emerge como uma das principais tendências na alimentação brasileira para os próximos anos.
O documento destaca, ainda, que a tendência “saudabilidade e o bem-estar” está associada aos benefícios de desempenho físico e mental, saúde cardiovascular, saúde gastrointestinal, valor nutritivo agregado (funcionais), além da isenção ou redução de sal, açúcar e gorduras nos alimentos, entre outros aspectos.
Esse padrão de consumo orientado pela preferência por alimentos saudáveis foi examinado considerando os diversos fatores que impactam a oferta e a demanda de alimentos em escala global. Entre eles destaca-se o aumento dos níveis de escolaridade, possibilitando escolhas alimentares mais informadas, e a internet, que democratiza o acesso à informação e facilita a disseminação cultural, exercendo influência nas preferências dos consumidores.
A sustentabilidade, apontada como outra tendência alimentar para os próximos anos, encontra-se intrinsecamente ligada à saudabilidade e ao bem-estar. Conforme destacado pelo Ital, tratam-se de consumidores que cada vez mais darão prioridade a selos de qualidade, informações sobre a origem dos alimentos e empresas engajadas em projetos ESG.
Os resultados da pesquisa conduzida pela ABIAD coincidem com as conclusões do relatório, demonstrando que o consumo responsável e a adoção de hábitos saudáveis estão diretamente relacionados à procura por vitaminas, proteínas e minerais. Esses elementos, que lideram as preferências dos consumidores, são percebidos por 28% dos entrevistados como alimentos capazes de potencializar a disposição física.
Esse cenário, conforme indicado pelo Ital, evidencia a propensão dos consumidores em modificar padrões alimentares tradicionalmente estabelecidos, resultando em novas demandas para o mercado.